BENEDICTVS, EPISCOPVS
SERVUS SERVURUM DEI
Ao dileto filho Alef Rocha, pároco da Catedral-Basílica de São Salvador da Bahia, na arquidiocese de São Salvador da Bahia, eleito bispo-auxiliar da mesma circunscrição e, ao mesmo tempo ornado com a sede Titular de Auca, saudação e bênção apostólica.
A graça Divina é infusa nos corações dos fiéis através do Espírito Santo, que é disperso pelos sacramentos da Santa Madre Igreja em todo o rebanho. ''Jesus Cristo, pastor eterno, edificou a Igreja com o envio dos Apóstolos (Lc 10,1-11) como Ele fora enviado pelo Pai (Jo 20,21) [1]''. Assim, a graça do sacramento da Ordem, ao ser atingida em plenitude pelo episcopado, produz no ministro o ardor em difundir o Santo Evangelho do Senhor. Para isso, são necessários pastores leais, santos e convictos na fé católica, para que, em comunhão com a Santa Igreja, sejam autênticos mensageiros da boa-nova. Desse modo, atendendo ao suplício do Cardeal-Arcebispo de São Salvador da Bahia, Dom Darllan Messias, que requereu a esta Sé Apostólica um novo bispo-auxiliar, a fim de que, atento às necessidades pastorais dessa grei do Senhor, possa auxiliá-lo no pastoreio e salvação das almas dos fiéis.
Sendo assim, a ti, dileto filho, nos dirigimos com grande confiança, visto seu valoroso trabalho pastoral, seu cuidado pelo povo de Deus, que é dotado de excelsa candura e abundante experiência na reitoria do Seminário Santa Dulce dos Pobres, fostes, portanto, considerado idôneo para prestar o impávido ofício de pastor do rebanho daquela Arquidiocese.
Tendo, pois, recebido o parecer da Congregação para os Bispos, com a plenitude de nossa Autoridade Apostólica, sob inspiração do Espírito Divino, te constituímos bispo-auxiliar do bispo de São Salvador da Bahia, e conferimos a ti a Sede titular de Auca, dados os devidos direitos e impostas as devidas obrigações que este título carrega. De acordo com os sagrados cânones sobre a ordenação episcopal, concedemos-te ainda, que recebas a ordenação de qualquer bispo católico fora da Diocese de Roma, sendo antes observadas as normas litúrgicas e o devido juramento de fidelidade a nós e aos nossos sucessores. Da celebração litúrgica, seja observada a leitura de nossas letras e as atas da mesma celebração.
Por fim, confiando a ti esses ofícios, dileto filho, rogamos ao Senhor para que ti conceda ser abrasado no ardor da caridade e que pelo auxílio da Santa Mãe de Deus, nossa venerável intercessora, possas trabalhar com zelo e amor, junto a teu Arcebispo e a todo Colégio Episcopal, tendo sempre o exemplo de Cristo o Bom Pastor.
Dado e passado em Roma, junto a São Pedro, no trigésimo dia do mês de novembro do ano da graça do Senhor de dois mil e vinte, primeiro de nosso pontificado.
Benedictus, Pp. V
Pontifex Maximus
[1] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 18.
